quarta-feira, 19 de setembro de 2018

O Senhor dos Anéis: A Criação de um Clássico

Capa do volume único de O Senhor dos Anéis

O Senhor dos Anéis, escrito por J. R. R. Tolkien, é um clássico da literatura, mas tendo levado 12 anos para ser escrito e mais 5 para ter sua primeira publicação, escrevê-lo não foi tão fácil quanto parece.


Para contar essa história antes temos que mencionar O Hobbit. Em 1930, enquanto corrigia papéis na Universidade de Oxford, aonde trabalhava como professor, Tolkien se deparou com uma página em branco, e tomado por uma súbita inspiração criativa ele escrever "Num buraco no chão vivia um Hobbit." Dois anos depois a história estava pronta, uma história mais infantil, para crianças, com animais falantes, músicas, e comentários à parte pelo narrador. No ano de publicação, 1937, se tornou um sucesso imediato, e seu editor pediu uma sequência, que Tolkien ficou feliz em prover.

Capa de O Hobbit

Ele já havia escrito o que só pode ser considerado uma bíblia do universo do Hobbit, com histórias ainda mais fantásticas que 13 anões lutando contra um dragão e orcs por ouro. Havia demônios de fogo, exércitos de elfos lutando contra dragões do tamanho de continentes, cristais que brilhavam como estrelas, e ainda mais coisas incríveis, porém o "Silmarillion" não foi bem recebido pelos editores, que queriam mais histórias com Hobbits. Deixando sua bíblia de lado ele começou a escrever os conceitos para a continuação da história de Bilbo Bolseiro, herói (ou pelo menos protagonista) de O Hobbit.

Ator Martin Freeman como Bilbo na adaptação em filme de O Hobbit

Após algum tempo ele foi decidindo a trama central. O Anél que Bilbo havia encontrado em O Hobbit não era um Anél comum que te deixava invisível, mas sim um Anél criado pelo Senhor do Escuro, Sauron, uma revisão foi feita ao capítulo onde tal aquisição acontecia para refletir essa mudança na segunda edição de O Hobbit. Foi decidido também que um sobrinho de Bilbo, Frodo, seria o protagonista acompanhado por mais 3 Hobbits, seu jardineiro Sam Gamgee, e os amigos Merry e Pippin. Após alguns capítulos se juntariam a eles um Mago, dois humanos, um elfo e um anão, e eles formariam um grupo cujo objetivo era destruir o Anél de Poder e, por tanto, destruir Sauron.

Os membros da Sociedade do Anel na adaptação em filme do Senhor dos Anéis

Com sua história formada, e umas adições à sua bíblia incluídas como apêndices no final da história, Tokien tinha um ótimo segundo capítulo para seu universo, mas não conseguiu publicar a história inteira, pela menos não de uma vez. A história que se tornaria O Senhor dos Anéis começou a ser escrita ainda em 1937, mas só foi terminada em 1949, no Pós-Segunda Guerra, e nessa época na Grã-Bretanha havia uma falta de papel, o que então gerava um custo alto para adquirir mais papel. Isso deixava o grande tomo que Tolkien havia escrito muito cara para produzir, necessitando uma divisão. Convenientemente, a história tinha pontos altos e baixos geralmente bem espaçados, e viradas na trama que poderiam ser usados como um final "gancho", acabando um livro e a consequência imediata iniciando o próximo. Então, após um pouco de reluta, a história foi divida em três partes: A Sociedade do anel, lançada em 1954; As Duas Torres, lançada alguns meses mais tarde no mesmo ano; e O Retorno do Rei, lançada em 1955.

Capa das três partes de O Senhor dos Anéis

Os três livros foram recebidos pelo público em geral muito bem, e Tolkien se tornou o pai da Fantasia Medieval. Até mesmo as mais recentes histórias sobre cavaleiros, dragões, elfos, e mundos mágicos, tem referências e homenagens aos livros de Tolkien, o RPG de Mesa Dungeons & Dragons tem O Senhor dos Anéis como sua maior inspiração, e as adaptações em filme por Peter Jackson são considerados um marco na história do cinema. Transformar um buraco no chão em um universo inteiro parece até mágica, mas pra Tolkien era só uma questão de tempo.

FONTE: Wikipedia Português

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